FOTO: POLÍCIA FEDERAL CEARÁ / DIVULGAÇÃO
Na manhã de hoje (27/08), a Polícia
Federal deflagrou à Operação HATE BLOCK, com o objetivo de cumprir um mandado
de busca e apreensão expedido pela Justiça Estadual, 2º Núcleo Regional de
Custódia e de Inquérito – Iguatu/CE. A operação resulta de uma cooperação
internacional entre a Polícia Federal e a Homeland Security Investigations
(HSI), agência americana responsável por investigar ameaças e crimes
transnacionais em ambiente cibernético.
Durante a investigação, foram identificados, por meio de
conversas, vídeos e fotos em ambiente virtual, indícios de crimes graves,
incluindo intimidação, automutilação de mulheres, transmissões ao vivo onde
animais são cruelmente mortos, e a tentativa de identificar mulheres para serem
vítimas de feminicídio. Os suspeitos estão espalhados por diversos estados do
Brasil, sendo um destes usuários localizado na região do Cariri, no interior do
Ceará.
A ação de hoje visa coletar provas adicionais e esclarecer o
envolvimento de todos os suspeitos, além de apreender dispositivos eletrônicos
e documentos que possam auxiliar nas investigações. Os investigados poderão
responder pelos crimes de Constrangimento Eletrônico (Art. 146-A do Código
Penal Brasileiro), Induzimento, Instigação ou Auxílio ao Suicídio ou à
Automutilação (Art. 122 do CPB) e Maus-Tratos a Animais (Art. 32 da Lei nº
9.605/1998 - Lei de Crimes Ambientais), afora os crimes de violência e lesão
corporal.
O nome "Hate Block" foi escolhido para refletir o
foco e a missão da operação: combater crimes cibernéticos, especialmente
aqueles relacionados ao cyberbullying. "Hate" (ódio) representa as
ações de agressão e intolerância no ambiente virtual, enquanto
"Block" (bloquear) simboliza a interrupção dessas atividades criminosas,
protegendo as vítimas e impedindo a disseminação do ódio online.
Na operação foram apreendidos aparelho celular e notebook.
*Com informações da Comunicação
Social da PF no Ceará