A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a possibilidade de antecipação da temporada de gripe em 2026, diante do aumento da circulação do vírus influenza A (H3N2) e de sua variante K, já identificada no Brasil pelo Ministério da Saúde.
Todos os anos, o mundo enfrenta períodos sazonais com aumento dos casos de gripe causados pelo vírus influenza, que apresenta constantes mudanças genéticas. Existem quatro tipos do vírus — A, B, C e D — sendo os tipos A e B os mais comuns. No caso do influenza A, responsável pela variante K, os subtipos que mais frequentemente infectam humanos são o H1N1 e o H3N2, ambos capazes de provocar epidemias anuais.
De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), os sintomas associados à variante K são semelhantes aos da gripe sazonal, incluindo febre, mal-estar, dores no corpo, dor de cabeça, tosse, dor de garganta e cansaço.
Desde agosto, a OMS observa um crescimento acelerado da circulação da variante K em diferentes regiões do mundo. Embora não se trate de um vírus novo e não haja evidências de aumento na gravidade dos casos, a organização classifica o avanço como uma “evolução notável”, devido ao crescimento do número de casos em diferentes regiões do mundo e com a possibilidade de um início antecipado da temporada de gripe.
O médico infectologista do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo (HMSVP), Dr. Maurício Lopes, explica: “Temporadas dominadas pelo vírus influenza costumam apresentar maior impacto entre crianças e idosos. Por isso, é fundamental higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou álcool em gel, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar tocar o rosto, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações e não compartilhar objetos pessoais, além de manter a vacinação contra a influenza em dia”.
A vacinação contra a gripe é uma das principais formas de prevenção e está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina oferece proteção contra todas as variantes, incluindo a variante K, e contribui, sobretudo, para a redução de casos graves e internações.
Bianca Duarte — Assessora de Imprensa
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Hospital Maternidade São Vicente de Paulo